Imaginação, não a razão, orienta nossas decisões mais importantes. Os humanos não são os animais mais racionais, somos os mais irracionais.

A imaginação desempenha um papel crucial na obtenção da maiorias das nossas decisões importantes.

Pense em algumas das grandes decisões que você tomou ao longo dos anos. Terminar com o seu parceiro ou não? Qual faculdade escolher? Ir para a escola ou não? Qual oferta de trabalho escolher? Qual casa comprar? E assim por diante. Meu palpite é que você tomou todas essas decisões imaginando-se em uma das duas situações e, em seguida, imaginando-se na outra e depois comparando os dois.

Quando tomamos essas grandes decisões, imaginamos o que imaginamos ser nossos futuros cenários alternativos imaginários. A imaginação é usada três vezes. E nenhum desses usos de imaginação é particularmente racional.

Imaginando nossos eus futuros não é confiável, à medida que sistematicamente subestimamos o quanto vamos mudar no futuro. E os cenários que nos imaginamos têm muito pouco a ver com as situações reais que nos encontraríamos.

Mas a irracionalidade pode não ser uma coisa tão ruim. E a irracionalidade da imaginação pode realmente ser uma função mental libertadora. Como disse Fernando Pessoa: "Porque eu não sou nada, posso me imaginar ser qualquer coisa. Se eu fosse alguém, eu não seria capaz. Um assistente de biblioteca pode imaginar-se um imperador romano; O rei da Inglaterra não pode, porque o rei da Inglaterra perdeu a habilidade em seus sonhos para ser qualquer outro rei além do que o que ele é. Sua realidade limita o que ele pode sentir".

Joaquim Nascimento